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Michel Temer e Renan Calheiros decidiram pelo desembarque do PMDB do governo Dilma. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Michel Temer e Renan Calheiros decidiram pelo desembarque do PMDB do governo Dilma.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Maior partido da coalizão, o PMDB vai abandonar o governo federal petista nesta terça-feira (29). A decisão será anunciada por aclamação pelos 119 membros do diretório nacional do partido, que se encontram às 15 horas na Câmara dos Deputados, em Brasília, para uma reunião a portas fechadas.

INFOGRÁFICO: O tamanho do PMDB em Brasília

Eles vão deliberar sobre o conteúdo das 12 moções apresentadas por filiados que pedem o fim da aliança com o PT, que levou Michel Temer, presidente nacional do PMDB, à cadeira de vice-presidente da República nas eleições de 2014, na chapa encabeçada por Dilma Rousseff.

A saída do governo é uma decisão sem volta e foi fechada após reunião entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o “último bastião” do governismo no PMDB.

Pelo acordo, Temer não presidirá a reunião do diretório que vai selar o desembarque. Também ficou definido que os ministros peemedebistas devem entregar os cargos após o encontro.

Segundo informações de bastidores, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Saúde, Marcelo Castro, são os dois que mais resistem a devolver as pastas.

Além do PMDB, outros partidos aliados ameaçam deixar o governo Dilma

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Apesar dos apelos da presidente Dilma e de seu antecessor, Lula, o Planalto não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB, agravada nos últimos dias com a exposição das posições anti-Dilma dos maiores diretórios estaduais da sigla, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Nesta segunda-feira (28), à noite, o ministro do Turismo, Henrique Alves, oficializou sua saída do governo em carta endereçada a presidente Dilma. Ao todo, o PMDB comanda sete pastas, além da vice-presidência.

Com a avaliação de que a “batalha desta terça-feira está perdida”, o foco do Palácio do Planalto é tentar agora segurar a maior parcela possível do partido no movimento contrário ao impeachment. Nas palavras de um assessor da presidente, “amanhã é uma batalha perdida dentro de uma guerra maior”.

Dilma e seus aliados apostam nas divisões históricas do partido para manter uma fatia de apoio dentro da sigla de Temer. “O PMDB nunca foi um partido que acatou de forma unânime suas decisões”, avalia a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Outro ponto que será observado pelo Planalto com atenção diz respeito ao “tom” do rompimento: uma saída imediata, com punição a eventuais “infiéis”, ou uma saída menos traumática, com prazos para desligamentos de cargos.

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