Depois de reunião que contou com a presença do ministro da Coordenação Política, Jaques Wagner, o Colégio de Líderes da Câmara decidiu botar em votação no plenário a medida provisória do salário-mínimo. O líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), recomendou que sua bancada vote contra o valor de R$ 384,29, aprovado pelo Senado, mas o PFL vai votar pela manutenção.
Pelo acordo fechado na reunião de líderes da Câmara, a votação da MP deverá ser simbólica, sem a necessidade de verificação de quórum, mas o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), ressalvou que não pode impedir que deputados de sua bancada peçam a verificação de quórum. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que a base aliada vai obstruir a sessão se a verificação de quórum for pedida.
Goldman afirmou que é consenso entre líderes de bancadas que o salário-mínimo de R$ 384,29 é inviável, mas o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), é reticente e promete repetir o voto dado pela bancada do partido no Senado.
- Essa cifra não é factível, sobretudo do ponto de vista da Previdência Social - afirmou Goldman.
Goldman voltou a criticar a edição excessiva de medidas provisórias pelo Palácio do Planalto. Na próxima semana, outras duas matérias passam a trancar a pauta da Casa. O líder lembrou ainda que no dia 5 de setembro mais quatro MPs passam a obstruir as votações na Câmara.
- Se continuar essa enxurrada de medidas provisórias e projetos de lei em regime de urgência, não vai ser possível votar a reforma política e nada além daquilo que vem do Executivo - disse Goldman.
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