O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira que o valor do salário-mínimo para 2006 poderá ser maior do que a proposta de orçamento para o próximo ano. Na proposta enviada ao Congresso no final de agosto, o Ministério do Planejamento previu o valor de R$ 321 para o salário mínimo. O reajuste de 7% foi baseado na previsão da inflação para 2006, mais o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. No entanto, Marinho indicou nesta terça-feira que esse valor pode aumentar.
- Nós estamos trabalhando para ser o maior salário-mínimo possível, desde que caiba no orçamento. Portanto, há a possibilidade de aumentar a partir de R$ 321, mas certamente não será possível chegar aos R$ 400, que as centrais sindicais gostariam que fosse - disse o ministro.
Segundo Marinho, o reajuste faz parte de um processo de crescimento do valor real do salário-mínimo realizado desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Nós estamos trabalhando em três frentes, olhando para o valor do salário-mínimo. Primeiro, o controle da inflação, isso é muito importante para o poder de compra. Segundo, o aumento nominal do salário e terceiro, a desoneração da cesta básica e outros produtos para criar condição de melhor poder de compra.
Marinho também afirmou que está prevista para o dia 29 deste mês uma reunião entre os representantes de centrais sindicais, ele e os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para discutir o valor do novo salário-mínimo. As centrais sindicais reivindicam o valor de R$ 400. Mas, segundo o ministro, não há possibilidade de atingir esse valor.
- Nós precisamos de um processo de negociação com o Congresso Nacional, porque precisa caber no orçamento. Então, eu digo, não chegará aos R$ 400, é impossível chegar. Mas poderá ser maior que R$ 321 - concluiu.
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