As Mesas da Câmara e do Senado decidiram equiparar os subsídios dos parlamentares ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em campanha pela reeleição, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), devem assinar, até semana que vem, um ato conjunto concedendo o aumento. Assim, pretendem dividir o ônus da medida junto à opinião pública.

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O reajuste, reivindicado há meses pelo chamado baixo clero, pode elevar os salários de R$ 12.800 para R$ 24.600, ou, de acordo com outra proposta em estudo, para R$ 16.500, com a correção da inflação do período.

Aldo e Renan negam que estejam tratando do assunto, e dizem que só vão se preocupar com isso na próxima semana ou em janeiro. Eles não querem pagar sozinhos a conta do desgaste na opinião pública. A equiparação já foi aprovada pelo Projeto de Decreto Legislativo 444, de 2002, mas não foi implementada até hoje porque os dirigentes temiam a repercussão negativa da medida.

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— O reajuste é consenso nas Mesas. Todos defendem. Mas o Aldo pediu para que não tratássemos disso para não misturar com as eleições para a presidência da Câmara. Isso não beneficia ninguém (nenhum candidato) pois todos defendem o aumento — afirmou o corregedor-geral da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI).

A única compensação pelo reajuste do subsídio dos deputados seria o fim da verba de R$ 4. 200 para despesas com Correios e telefone, que seriam descontados da verba indenizatória de R$ 15 mil.

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