Cerca de R$ 6,9 milhões em imóveis do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, voltam a leilão na próxima segunda-feira (13) pela metade do preço.
No final do mês de maio os imóveis foram à leilão, mas não houve nenhum lance. Agora, eles voltam ao pregão com redução de 50% nos preços. Os valores deverão ser revertidos aos cofres da Petrobras.
No Rio de Janeiro serão leiloados cinco imóveis do Campo de São Cristóvão, avaliados inicialmente em R$ 3 milhões – um sobrado e cinco terrenos. Em Salvador, estão em leilão por R$ 3,9 milhões cotas equivalentes a 37,23% do Conect Smart Hotel Salvador, divididos em nove lotes – oito lotes com avaliação inicial de R$ 418.194,06 e um de R$ 546.788,77.
O terreno no Rio de Janeiro e a participação em um hotel de Salvador não são os únicos imóveis de Youssef a irem à leilão por determinação do juiz federal Sergio Moro. Já foram vendidos, por exemplo, os flats no Hotel Blue Tree Premium, em São Paulo, por R$ 900 mil; e um terreno em Cambé, no interior do Paraná, arrematado por R$ 144 mil.
De acordo com a empresa responsável pelo leilão, é comum os bens não serem arrematados no primeiro pregão, já que na segunda tentativa de venda os preços são cortados pela metade, trazendo mais vantagens aos compradores.
Foi o caso, por exemplo, do veículo Volvo XC60 que pertencia ao doleiro Carlos Habib Chater, que só foi arrematado no segundo pregão, por R$ 109 mil. Também foi vendido apenas em segunda praça o veículo Mercedez Benz blindado que pertencia a Youssef. O lance vencedor foi de R$ 78 mil.
Apesar da compra ser mais vantajosa no segundo pregão, há casos de bens arrematados já na primeira tentativa. Segundo os leiloeiros responsáveis, isso acontece quando o preço pedido pelos bens é vantajoso já na primeira rodada de negociação.
Dois veículos pertencentes a réus da Lava Jato foram arrematados no primeiro pregão: um Mercedez Benz que pertencia ao doleiro Raul Henrique Srour, por R$ 82 mil, e um Porsche que pertencia à doleira Nelma Kodama, arrematado por R$ 206 mil no primeiro leilão da Lava Jato, em março de 2015.
Outros bens
Há ainda uma série de bens confiscados pela Justiça que não foram à leilão ou não foram arrematados. Entre os itens estão uma lancha apreendida com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, avaliada em R$ 3 milhões; um helicóptero que estava em nome da GFD - empresa de fachada usada por Youssef para lavar dinheiro; além de uma série de imóveis em nome do ex-ministro José Dirceu, do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do doleiro Carlos Habib Chater - já condenados por Moro e tiveram os bens confiscados.
A lista de bens apreendidos também conta com obras de arte apreendidas com a doleira Nelma Kodama, que atualmente estão no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Os produtos devem ir à leilão quando as ações tiverem o trânsito em julgado e o valor arrecadado será restituído aos cofres da Petrobras.
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