Com quase 15 mil homens espalhados pelas ruas de Salvador, a Polícia Militar da Bahia já registrou 1.300 ocorrências durante a festa de carnaval na capital baiana. A maioria delas é de furto, mas o problema que mais preocupa são os arrastões.
Depois de 37 assaltos a ônibus desde o começo da festa de carnaval, na quinta-feira (15), o policiamento foi reforçado. Os arrastões têm acontecido principalmente entre 3h30 e 5h, quando os foliões estão voltando para casa. Nas ações, grupos de 30 a 40 homens rendem os passageiros, que são obrigados a entregar todos os seus pertences.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do estado, o número de assaltos a ônibus caiu 14% nos quatro primeiros dias do Carnaval 2007 em comparação com igual período no ano passado, quando houve 43 registros.
A PM está usando até helicópteros para monitorar os ônibus, enquanto a Polícia Civil deixa equipes em terminais. Segundo a polícia, no mesmo período do ano passado foram registrados 34 assaltos a ônibus em Salvador.
Para o chefe de comunicação da PM, capitão Marcelo Pitta, o índice está dentro do esperado pela corporação. "Por ser um evento que tem ingredientes como bebida, música e mais de 1,5 milhão de pessoas podemos dizer que os foliões estão seguros." O número alto de ocorrências, segundo Pitta, é um demonstrativo da ação policial. "Temos 37 câmeras espalhadas pelos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha. Isso inibe a ação dos criminosos e baderneiros. Trabalhamos com a prevenção e com a repressão. Se os números são altos é porque a polícia está conseguindo atuar para garantir a segurança dos foliões."
Até agora, 744 pessoas foram presas durante o carnaval.
Documentos
O que chamou a atenção de Pitta foi o número de documentos perdidos pelos foliões durante o carnaval em Salvador. "Localizamos quase 2.100 documentos perdidos. Temos desde passaporte, certidão de nascimento e até certidão de óbito", disse o capitão. Quem der falta dos documentos, pode procurar no site da PM.
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