O diretor brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, insistiu nesta segunda-feira (6) em apontar as falhas na denúncia publicada pela Revista Veja, no último fim de semana, de uma suposta propina para que ele perdoasse uma multa. De acordo com as explicações, não existe a possibilidade do diretor negociar esse tipo de acerto com nenhuma empresa, uma vez que todas as decisões são tomadas em colegiado e a empresa apontada pela reportagem sequer é a cabeça do consórcio responsável pelo projeto.
Outro ponto destacado por Samek diz respeito à própria multa. "A reportagem fala em um perdão de R$ 200 milhões. Ora, o contrato todo é de R$ 185 milhões e prevê uma multa máxima de 20%. De fato houve atraso na entrega do equipamento uma vez que ele apresentou defeito. A empresa ainda está testando o novo equipamento e a multa ainda não está estabelecida porque só é preciso verificar o total de dias do atraso para que ela seja aplicada, ou seja, o taxímetro ainda está correndo", compara.Samek acusa a reportagem de má-fé, porque afirma ter colocado toda a documentação á disposição da revista para que a denúncia fosse checada, e o repórter responsável pela matéria ou a direção da revista não aceitou o convite para verificar os contratos.
"Essa campanha sistemática contra Itaipu visa atingir o governo federal. Eles estão utilizando a tática de Goebbels (responsável pela comunicação nazista), que uma mentira repetida mil vezes acaba tornando-se uma verdade", analisa o diretor de Itaipu. Jorge Samek garante que vai recorrer à Justiça para pedir a punição dos responsáveis pela denúncia uma vez que sentiu que "sua honra e a da empresa foram atingidas".
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