Brasília (Folhapress) Com voz de choro, o deputado Sandro Mabel (PL-GO) pediu "piedade" ontem aos integrantes da CPI dos Correios ao fazer um apelo para que seu nome seja excluído do relatório parcial da comissão que pedirá a cassação de deputados. Ele não conseguiu sensibilizar o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Mabel está entre os 18 parlamentares que receberam notificação da CPI para se defenderem, por escrito, das acusações de quebra de decoro por estarem supostamente envolvidos com o mensalão. Eles têm cinco dias úteis para responder.
O deputado apareceu de surpresa na sessão da CPI, onde nunca havia comparecido. Um dos principais argumentos utilizados por ele foi o de que já enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara.
"Não quero estar em mais uma lista, olhem com carinho. Os senhores estão ralando quem já está ralado. Para onde vão me mandar mais? Me ajudem, tenham piedade", disse ele, quase chorando.
Serraglio pretende dividir os 18 deputados em dois grupos. Uma parte será encaminhada ao Conselho de Ética, com recomendação de cassação, porque haveria provas de quebra de decoro. Os outros, contra os quais pesariam apenas indícios, serão enviados para a CPI do Mensalão, que continuaria as investigações. Esse relatório tem que ser votado pela CPI dos Correios. O processo contra Mabel foi aberto no Conselho de Ética por causa de uma denúncia da deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO), segundo a qual o deputado lhe ofereceu R$ 1 milhão para ir para o PL, mais R$ 30 mil mensais. Mabel classificou de "mentirosa" essa acusação.
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