O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso moveu ação de improbidade administrativa contra o ex-senador Carlos Bezerra e sua mulher, a ex-deputada federal Teté Bezerra, pedindo a suspensão dos direitos políticos de ambos e o ressarcimento dos bens de que teriam se apoderado, no caso da máfia das sanguessugas, além do pagamento de multa.
Segundo nota divulgada pelo MPF-MT, a ação tem também o objetivo de impedir que os ex-parlamentares realizem contratos com o Poder Público ou recebam benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa juridica de que sejam sócios.
De acordo com o MPF-MT, como integrantes da máfia, especializada na apropriação de recursos públicos, mediante superfaturamento de preços e manipulação de licitações para compra de ambulâncias em diversos municípios brasileiros, cabia a Teté e Carlos Bezerra apresentarem emendas ao Orçamento Geral da União e atuar junto ao Ministério da Saúde, no sentido de agilizar a liberação das verbas, contemplando municípios mato-grossenses de interesse da máfia.
Conforme a ação impetrada pelo MP, em contrapartida à atuação de Carlos e Teté Bezerra, ficou acertado que Luiz Antônio Vedoin, considerado um dos chefes da máfia, entregaria ao casal a quantia de 45 mil reais, a título de doação de campanha.
Ainda segundo a nota, a ex-deputada não apresentou emendas individuais, mas era responsável pela destinação das emendas orçamentárias da bancada de Mato Grosso. Ela apresentou ao Ministério da Saúde a relação dos municípios que seriam beneficiados com a emenda de bancada para compra de ambulâncias.
As empresas vencedoras da licitação eram integrantes da máfia e atendiam aos municípios-alvo do recebimento das verbas para a aquisição dos veículos. De acordo com o MP, Carlos Bezerra não apresentou nenhuma emenda, mas "se comprometeu a fazê-lo, se fosse reeleito".
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