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Caiu para 20 o número de rebeliões em andamento no estado de São Paulo, de acordo com o novo balanço divulgado pela secretaria de Administração Penitenciária. No total, 82 pessoas ainda são mantidas reféns, a maioria agentes penitenciários. Esse número indica que os motins foram controlados em 25 presídios durante o dia. Pela manhã, havia 45 rebeliões em andamento no estado, com 217 reféns.Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), 69 dos 144 presídios do estado se rebelaram neste fim de semana.

As rebeliões produziram cenas de selvageria. Em Jaboticabal, a 362 km da capital, os presos atearam fogo no diretor da unidade. O diretor foi trancado numa das celas e, em cima dele, foram jogados colchões em chamas. Ele teve 70% do corpo queimado e continua internado em estado grave.

Em São Sebastião, no litoral norte, oito presos morreram neste domingo e 15 ficaram feridos. Eles morreram asfixiados depois de atear fogo em colchões.

Houve mortes também em Ribeirão Preto. Três detentos foram assassinados com golpes de estilete, dentro das celas. Nove agentes penitenciários foram feitos reféns e pelo menos cinco deles saíram feridos.

Apesar das rebeliões terem começado no sábado e dos sucessivos ataques a bases policiais comandados por quadrilhas que atuam dentro das prisões, a SAP manteve o horário de visitas para o Dia das Mães. Foi uma ordem do governador Claudio Lembo, que queria evitar um agravamento ainda maior da situação.

Em muitos presídios, os familiares viraram reféns dos presos. Foi o caso da penitenciária de Americana, onde 80 pessoas ficaram em poder dos bandidos.

Não há informações sobre a reivindicação dos presos, mas a onda de terrorismo em São Paulo começou por causa da transferência de 765 detentos, que começou a ser feita na última quinta-feira.

Em entrevista à Reuters, o advogado Anselmo Neves Maia, que defende integrantes da facção criminosa, afirmou que o governo não vai controlar a situação apenas com uso de força policial (leia aqui). A Secretaria de Administração Penitenciária informou que só vai se manifestar depois do fim das rebeliões.

Entre os presos que começaram a ser transferidos na quinta-feira estavam líderes da facção criminosa que atua nos presídios paulistas.

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pela polícia como líder da quadrilha, foi transferido para a penitenciária de segurança máxima de presidente Bernardes no sábado. Lá, ficará preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no qual são proibidas visitas.

As rebeliões continuam nos seguintes presídios:

- Penitenciária I de Hortolândia - 5 reféns

- CDP PIII de Hortolândia - 11 reféns

- Penitenciária de Junqueirópolis - 9 reféns

- Penitenciária II de Mirandópolis-8 reféns

- CDP de São Bernardo do Campo - 2 reféns

- Penitenciária II de Guarulhos (Marrey) - 4 reféns

- Penitenciária I de São Vicente - não tem reféns

- Penitenciária de Pacaembu - não tem reféns

- CDP de Parelheiros - 3 reféns

- Penitenciária de Marília - 6 reféns

- Penitenciária II de Hortolândia - 1 refém

- Penitenciária I de Tremembé - 2 reféns

- CDP de Praia Grande - 2 reféns

- CDP de São Vicente - 2 reféns

- Penitenciária II de São Vicente-5 reféns

- Penitenciária I de Reginópolis - 2 reféns

- Penitenciária II de Reginópolis - 5 reféns

- CDP de Ribeirão Preto - não tem reféns

- CDP de Franco da Rocha - 6 reféns

- CDP de Taubaté-9 reféns

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