Ruas vazias como se fosse domingo, frota de ônibus reduzida a apenas 15% e muita apreensão. Este é o clima que toma conta de São Paulo com os atentados violentos na cidade. Os ataques orquestrados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) são uma possível reação à transferência de presos perigosos para o presídio federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná. A realidade hoje é que quem não tem compromissos não se arrisca a sair de casa e aqueles que precisam, procuram passar o mínimo de tempo possível nas ruas. Muitas lojas permaneceram de portas fechadas na manhã desta quinta-feira.
No mesmo dia em que estouraram os ataques em São Paulo foi dado início também ao maior evento da moda da América Latina na Bienal, o São Paulo Fashion Week. Há gente de todas as partes por lá e o que se diz é que o clima de tensão avançou as ruas vazias e chegou também aos locais fechados onde acontecem os desfiles, contrastando com o brilho, a beleza e o glamour do evento.
Ao caminhar pelos ambientes do SPFW, a enviada especial da Gazeta do Povo Larissa Jedyn relata que pôde perceber que os comentários sobre roupas dentro da Bienal deram lugar a questionamentos com ares de desconfiança. No primeiro desfile do dia, no Shopping Iguatemi, um dos mais luxuosos da capital, a vista que os expectadores puderam ter antes de alcançar a passarela foi de seguranças armados até os dentes logo na entrada.
E para ampliar o receio, há boatos pela Bienal sobre a existência de policiais disfarçados no meio do público. A informação, porém, não foi confirmada pela assessoria de imprensa do SPFW, que afirma não ter policiais como parte de sua equipe de segurança. Apesar da sensação não ser da melhores, a rotina do evento não foi alterada por causa dos atentados.
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Interatividade IIVocê paranaense, que está em São Paulo, já presenciou algum tipo de violência? Conte sua história.
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