O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta terça-feira (15) a realização de eleições diretas para a vaga de governadores cassados. A afirmação do senador diverge da postura adotada por ele na última semana, quando defendeu que o tema só poderia ser tratado por proposta de emenda à constituição (PEC), e não por projeto de lei ordinária.

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Na votação em plenário, na quarta-feira da semana passada, Sarney queria que fosse retirado do projeto de Reforma Eleitoral uma emenda do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que previa eleição direta para os governadores que tiverem o mandato cassado nos dois primeiros anos de governo, e indireta para aqueles que perdessem o mandato nos dois últimos anos de governo.

A emenda que José Sarney diz defender agora é de autoria do senador José Agripino Maia (DEM-RN). "Eu aceitei a proposta que o senador José Agripino fez na última sessão para que transformemos todas as eleições em eleições diretas quando houver qualquer cassação de mandato, seja em que tempo for", disse Sarney, em entrevista, sem explicar, porém, porque mudou de ideia.

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A filha do senador, Roseana Sarney (PMDB), assumiu o governo do Maranhão em abril deste ano, no lugar do governador cassado Jackson Lago (PDT). Roseana ficou em segundo lugar na disputa pelo governo maranhense em 2006 e assumiu o cargo por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Esta é a semana limite para os senadores concluírem a votação da Reforma Eleitoral se quiserem que as novas regras valham nas próximas eleições, em 2010. Como houve mudanças no Senado, o projeto precisa ser aprovado uma segunda vez pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente da República até 3 de outubro.