O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou nesta quinta-feira (24) que o PMDB tenha a intenção de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir logo a respeito da diplomação de Jader Barbalho (PMDB-PA) como senador. Eleito ano passado, ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Segundo Sarney, a nota aprovada na quarta-feira pelo PMDB não tem por objetivo interferir na decisão do Supremo.

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- Foi uma nota de solidariedade e de respeito à Justiça. Esse é um problema jurídico do candidato, foi uma coisa politica de solidariedade - afirmou Sarney.

O texto da nota divulgada na quarta diz que o "PMDB, por seu Diretório Nacional, confiante na Justiça, reafirma seu apoio ao senador Jader Barbalho, eleito em 2010 no Estado do Pará, com mais de 1.800.000 votos, para que receba tratamento isonômico ao dispensado aos demais casos decididos pelo Supremo Tribunal Federal". Também na quarta, em reunião da qual o próprio Jader Barbalho participou, Sarney já havia prestado solidariedade a ele.

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- Se a Lei da Ficha Limpa não entrou em vigor para os outros, porque só no seu caso vale? - argumentou Sarney, segundo relato de presentes.

Ao todo, três candidatos vitoriosos ao Senado no ano passado foram barrados pela Lei da Ficha Limpa. Com a decisão do STF de que a lei não poderia valer para as eleições de 2010, eles recorreram ao próprio Supremo para garantir a posse. Até agora, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP) tiveram seus recursos aceitos. Mas, por enquanto, só Cunha Lima foi empossado. A posse de Capiberibe, que estava marcada para esta quinta-feira, foi adiada.

No caso de Jader, terminou em empate, por cinco votos a cinco, o julgamento do recurso impetrado por ele. Com o impasse, decidiu-se que o caso só será retomado depois da posse da nova ministra do STF, Rosa Weber, já indicada , mas ainda não sabatinada no Senado.

Na quarta, o relator da indicação de Rosa Weber, Romero Jucá (PMDB-RR), adiou a apresentação de seu parecer. Assim, a sabatina da nova ministra na Casa deverá ocorrer no dia 7 de dezembro, e não mais no dia 30. Nos bastidores, interlocutores de Jucá confirmaram que ele atendeu a um pedido de Sarney, contrariado, que pensou em deixar para 2012 a aprovação do nome de Rosa. Jucá negou.

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