O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse nesta segunda-feira (3) que, durante a reunião de coordenação política realizada pela manhã com o presidente Lula, pouco se falou sobre a crise do Senado. Múcio disse que tem conversado com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ele tem se mostrado disposto a continuar enfrentando as denúncias.
"Tenho conversado com o presidente Sarney e ele está disposto a enfrentar, já que em todas as questões tomou a decisão de passar para a frente, contratou sindicâncias, chamou a Fundação Getúlio Vargas. Cada denúncia que surge tem sido investigada e a ele interessa também que seja esclarecido. Às vezes em que eu conversei com ele, achei-o com disposição de enfrentar. Com o presidente (Lula) não sei se ele falou", disse Múcio.
Para o ministro, a partir desta semana é que será possível avaliar os desdobramentos da crise no Senado. Questionado se Sarney ficaria no cargo de presidente do Senado até quarta-feira Múcio respondeu: "Somente os senadores, o Senado e o presidente Sarney é que poderão avaliar que medidas poderão ser tomadas e as consequências delas. Como o problema está muito interno no Senado, a gente tem que respeitar o momento deles", avaliou.
Segundo o ministro, nesta segunda o governo começa as "conversas naturais" de um segundo semestre de uma legislatura pré-ano eleitoral. "Não sei se todos os líderes estarão aqui. A partir de agora, começa o trabalho", disse
Múcio disse ainda que, apesar de a volta do recesso parlamentar marcar o início das investigações da CPI da Petrobras, o governo não está preocupado em relação à comissão. "Estamos querendo que a Casa, o Senado e a Câmara, produza, porque o Brasil está precisando e, por isso, essa pressa do presidente nessa questão do pré-sal. Precisamos dar respostas mais afirmativas e com maior celeridade à crise", acrescentou.
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