Em São Paulo
Richa usufruiu de aeronave particular
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), usou o helicóptero de um empresário em maio deste ano, durante uma passagem pela cidade de São Paulo. O caso veio à tona porque a aeronave, prefixo PP-JFR, teve problemas e precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. Ninguém ficou ferido.
Na ocasião, Richa estava se deslocando do Hospital Sírio-Libanês, onde fez exames médicos, para uma reunião no banco de investimentos BTG. O deslocamento ocorreu no dia 4 de maio deste ano. A reunião no BTG não havia sido divulgada previamente.
Segundo a assessoria de comunicação do governo do estado, o helicóptero foi emprestado pelo empresário paranaense Jair Rosa, que é de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro) mas está radicado em São Paulo. O empréstimo teria sido feito sem qualquer custo para o Tesouro Estadual ou para o governador.
Da Redação
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), usou pelo menos duas vezes um helicóptero da Polícia Militar maranhense para viajar até a residência de lazer de sua família na Ilha de Curupu, no Maranhão, durante fins de semana, nos dias 26 de junho e 10 de julho. O Maranhão é governado pela filha de Sarney, Roseana Sarney (PMDB). A denúncia foi publicada na edição de ontem da Folha de S.Paulo.
A aeronave foi adquirida no ano passado para combater o crime e socorrer emergências médicas. Foi paga com recursos do governo estadual e do Ministério da Justiça e custou R$ 16,5 milhões. Numa das viagens, o senador foi acompanhado de um empresário que tem contratos milionários com o governo do Maranhão. Um dos transportes de Sarney chegou a atrasar o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM e chegara em outro helicóptero antes de Sarney.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu ontem que Roseana devolva aos cofres de seu estado o que foi gasto com a utilização do helicóptero.
Sarney ontem negou ter cometido irregularidade no uso do helicóptero. E disse que o uso da aeronave "não prejudicou ninguém".
Sérgio Cabral
Outro político brasileiro que usou aeronaves em situação eticamente questionável foi o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Isso se tornou público em 17 de junho, quando um helicóptero do empresário Fernando Cavendish caiu na Bahia matando quatro ocupantes, incluindo a namorada do filho do governador. Cabral havia viajado à Bahia para participar de uma festa de Cavendish num avião do também empresário Eike Batista.
Cavendish, dono da Construtora Delta, tem negócios com o governo do Rio. Cabral nega que sua relação pessoal com Cavendish e Eike Batista tenha influenciado suas decisões no governo. Mas na última sexta-feira descobriu-se que a Delta foi contratada, em caráter emergencial pelo governo fluminense, sem licitação, para tocar obras de R$ 29,7 milhões.
A deputada estadual Janira Rocha (PSol) promete protocolar hoje uma representação no Ministério Público do Rio contra Cabral.
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