Os médicos de todo o Brasil estão sendo convocados para o esforço de evitar as mortes provocadas pela dengue hemorrágica, a forma mais grave da dengue. Em uma ação conjunta, o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina estão enviando 300 mil cartas para profissionais médicos, alertando e convocando para essa mobilização nacional. Neste ano, a dengue já causou 121 mortes e contaminou mais de 480 mil pessoas.
- É inaceitável haver mortes relacionadas à dengue, quando há um sistema de saúde estruturado como o brasileiro - disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A estratégia pretende orientar os médicos a diagnosticar a dengue no seu estágio inicial. A devida atenção ao paciente reduz a praticamente zero a possibilidade de morte por dengue hemorrágica. A medida será complementada com o envio de um CD que está sendo produzido também pela parceira entre ministério e o conselho. O material trará informações sobre os sintomas da doença, o diagnóstico e o que deve ser feito pelo profissional. Além disso, estará disponível no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/svs) um guia atualizado de diagnóstico e clínica médica.
Um dos pontos que favorecem o surgimento da dengue hemorrágica é a circulação em território nacional de três dos quatro sorotipos existentes da dengue, o DEN1, DEN2 e DEN3. A dengue requer cuidado em todas as regiões, pois o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, tem demonstrado sua capacidade de adaptação, até em locais em que tradicionalmente não aparecia, com no Sul e regiões serranas.
Os sintomas mais evidentes da doença são febre, dor no corpo e falta de apetite. Nesses casos, a população deve procurar um médico, que será capaz de dar o tratamento adequado para cada caso. O índice de morte por febre hemorrágica tem sido de 10% no Brasil.
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