Bem antes de a presidente Dilma Rousseff endurecer o discurso contra o impeachment, líderes de movimentos sociais e sindicais ligados ao PT têm dado declarações que dão respaldo a ela para manter o discurso de que há um golpe em curso. “Vamos esticar a luta democrática até o limite do limite, mas não fugiremos da guerra. O MST não forma covardes. Ninguém vai se esconder embaixo da cama. Se fizerem o golpe, não terão um dia de sossego”, afirmou Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), na última sexta-feira.
Sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) têm feito assembleias em fábricas e demais locais de trabalho para dialogar diretamente com a base de trabalhadores. Na da Ford, em São Bernardo, 4 mil operários aprovaram, na terça-feira (22), um encaminhamento contra o impeachment.
Simpatia
Aliados avaliam que os seguidos relatos de violência por parte de manifestantes anti-Dilma, atos de vandalismo contra sedes do PT e da CUT e a repressão da Polícia Militar, a exemplo do que aconteceu nesta semana na PUC de São Paulo, incentivam a classe média que estava afastada do PT a voltar a ter simpatia pelo partido.
Na terça-feira (22), cerca de 500 advogados se reuniram nas escadarias da Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco, no Recife. Professores da Unicamp, em Campinas, marcaram uma manifestação para esta quarta-feira, 23. Cerca de 1.800 escritores e profissionais da indústria editorial assinaram um manifesto contra o impeachment. Professores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades e do Curso de Gestão de Políticas Públicas da USP fizeram notas.
Um grupo de 73 estudiosos brasileiros espalhados pelo mundo em universidades importantes como as de Columbia, Harvard e Massachusetts, nos EUA, e Michigan, no Canadá, assinaram uma declaração em defesa da democracia.
Em outra ponta, grupos como o MST e o MTST, além da CUT, tem incentivado mobilizações contra o impeachment na periferia das grandes cidades.
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