O juiz federal Sergio Moro voltou ao trabalho na Justiça Federal nesta segunda-feira (30) depois de emendar as férias com o recesso de final de ano do Poder Judiciário. Se repetir o ritmo de trabalho de 2016, é de se esperar um começo de ano bastante movimentado na Operação Lava Jato em Curitiba.
Ao voltar das férias, em janeiro do ano passado, Moro autorizou a primeira operação do ano antes mesmo de fevereiro. Seis pessoas foram presas na Operação Triplo X - 22ª fase da Lava Jato – no dia 27.
A Operação Acarajé, que levou à prisão os marqueteiros João Santana e Monica Moura, foi deflagrada em menos de um mês, no dia 22 de fevereiro.
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Leia a matéria completaDez dias depois, uma nova fase da Lava Jato. Desta vez, Moro autorizava o cumprimento da condução coercitiva contra o ex-presidente Lula.
O ritmo de operações em 2016 continuou frenético até maio, com pelo menos duas operações por mês.
A primeira sentença também não demorou para chegar no ano passado. No dia 1.º de fevereiro, o juiz condenou o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e dois meses de prisão. Também foram condenados o ex-diretor Eduardo Musa, e os operadores João Augusto Henriques e Hamylton Padilha Junior na mesma ação.
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Leia a matéria completaEm 2016 Moro chegou a trabalhar inclusive durante as férias. Uma semana antes de voltar ao trabalho oficialmente, o juiz deu uma pausa no descanso e passou pela Justiça Federal para resolver pendências urgentes. Em um dos despachos assinados, autorizou a ida do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, ao hospital.
Agenda cheia
No ano passado, Moro chegou a afirmar que pretendia encerrar sua participação na Lava Jato com o fim dos processos em primeira instância até dezembro de 2016. Não foi possível concluir os processos, e a Lava Jato deve seguir firme em 2017, com a previsão de dobrar de tamanho depois da homologação dos acordos de colaboração premiada da Odebrecht nesta segunda-feira (30).
Nesta semana, Moro já começa a ouvir testemunhas de acusação em um dos processos contra o ex-ministro Antônio Palocci que correm na Justiça Federal de Curitiba. A primeira audiência está marcada para esta quarta-feira (1.º), 14 horas. Os depoimentos continuam na sexta-feira.
Na semana que vem, no dia 7, o juiz vai interrogar o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). O interrogatório é uma das últimas etapas antes de poder dar a sentença do ex-presidente da Câmara.
Outro processo importante que está para ser retomado é do ex-presidente Lula. As testemunhas de acusação começaram a ser ouvidas no final do ano passado no processo que envolve a compra de um tríplex no Guarujá, litoral norte de São Paulo.
Moro também precisa decidir se aceita ou não a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) no início do ano contra Mariano Ferraz na Lava Jato.
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