O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o consumo das classes mais pobres sustentou a economia do país durante a crise econômica iniciada em 2008 e que, se um pobre receber R$ 10, ele vira um consumidor; enquanto outro cidadão, se receber R$ 1 milhão, "vira especulador".
"O Estado precisa cuidar dos pobres, os ricos não precisam do Estado. Quando você leva R$ 10, R$ 15 na mão de um pobre, aqueles R$ 10 se transformam num produto de crescimento econômico. Porque a pessoa não vai comprar dólar, a pessoa vai numa bodega comprar um feijãozinho", afirmou.
As declarações foram feitas após elogiar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre, durante a assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Ferrovia da Integração Oeste-Leste, em Ilhéus (BA).
Quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia brasileira registrou expansão de 0,5% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. "E se crescer mais 0,5% nesse quarto trimestre, nós poderemos chegar a 8,3%, a 8,4% de crescimento do PIB", disse Lula.
Obra
Os investimentos na ferrovia devem chegar a R$ 6 bilhões, até 2012. A previsão é que sejam gerados 17 mil empregos diretos e 50 mil indiretos até o fim das obras. Ontem foram assinadas as ordens de serviço para o primeiro trecho, entre Ilhéus e Caetité (537 km).
O evento de quase uma hora começou por volta das 16h30 e contou com uma plateia de cerca de 1,5 mil pessoas. Em seguida, Lula viajou para Salvador, onde participaria à noite da cerimônia de formatura de alunos de um programa estadual de alfabetização.
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