O secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, determinou nesta terça-feira a prisão cautelar por 72 horas dos 12 policiais militares que participaram da ação em que cinco pessoas, sendo quatro menores, foram mortas no Morro do Estado, em Niterói. Itagiba tomou a medida depois de ser informado pelo inspetor geral, coronel João Carlos Ferreira, de que há fortes contradições entre os depoimentos prestados pelos PMs e a reconstituição da operação. A ordem de prisão administrativa foi decretada pelo comandante-geral da PM, coronel Hudson de Aguiar.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa (Alerj) ouviu, nesta terça-feira, o único sobrevivente da operação. C.A., de 13 anos, foi ferido com um tiro de fuzil na perna e está internado no Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói. Ele disse que, apesar de ter sido ajudado por um policial, viu três amigos morrerem ao tentar fugir dos tiros dos policiais que patrulhavam o local.
- Nós estávamos indo para uma festa. Eu comprava refrigerante quando levei o tiro. Vi meu amigo caído no chão, e ele não estava com arma alguma - contou.
Segundo a assessoria de Comunicação Social da Alerj, o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar (Niterói), coronel Marcus Jardim, disse que a opinião pública está fazendo muito alarde sobre o caso. "Um garoto de 12 anos mata um de nós e ninguém fala nada. Quando é o contrário, há todo esse sensacionalismo", teria dito.
Na operação, morreram quatro garotos, de 11, 13, 15 e 16 anos e um jovem de 24 anos. Segundo a polícia, o objetivo da operação era reprimir o tráfico de drogas.
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