O secretário estadual de Comunicação, Aírton Pisseti, teria apresentado ontem, mais uma vez, o seu pedido de demissão. Embora vários deputados comentassem sua saída durante a sessão de ontem, fontes ligadas ao governador Roberto Requião não confirmaram e nem negaram o caso. A assessoria de imprensa informou apenas que não comentaria o assunto. Pisseti também preferiu não falar sobre o caso. O estopim que teria motivado a decisão não foi revelado.
Não é a primeira vez que a saída do secretário é motivo de especulações. No dia 26 de janeiro, depois de muitos boatos sobre um suposto pedido de demissão, Pisseti descartou a possibilidade de deixar o governo e afirmou que permaneceria no cargo. Integrantes da equipe divulgaram como certa a saída do secretário depois que Requião chamou publicamente a atenção de Pisseti e pediu maior divulgação das ações do governo.
O secretário faz parte da equipe de governo desde 1991. Titular de uma das pastas mais estratégicas, Pisseti classifica a secretaria como uma "área de tensão" onde é preciso estar preparado para cobranças. Dentro do próprio PMDB existiria um grupo de secretários e deputados que defenderia a saída dele com o argumento que a comunicação do governo seria precária. A oposição tentou três vezes levar Pisseti à Assembléia para explicar os critérios de distribuição de recursos para mídia. Para Pisseti, os recursos disponibilizados para investir na divulgação das ações do governo são insuficientes.
Além da discordância da base aliada e de algumas críticas do governador, Pisseti enfrentou outro constrangimento recentemente. O governador denunciou que o secretário teria recebido proposta do deputado Edson Praczyk (PL) de trocar apoio político por repasse de verbas para emissoras de rádio. Por conta disso, Pisseti foi chamado pela Assembléia Legislativa, especificamente pela Comissão de Ética, para explicar a situação e acabou confirmando que foi procurado pelo deputado estadual Edson Praczyk (PL).
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