Na prestação de contas do governo dos quatro primeiros meses de 2015, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fez questão de ressaltar aos deputados estaduais que o ajuste fiscal em andamento tem surtido o efeito esperado. Segundo ele, as medidas tomadas até agora de incremento de receitas e redução de despesas permitiram um superávit primário no período de R$ 1,6 bilhão.

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Os números apresentados levaram a oposição a cobrar de Costa que o Executivo teria condições de bancar o reajuste de 8,17% ao funcionalismo. O secretário, porém, reafirmou que não há como pagar o que pedem os servidores. Ele argumentou que o governo vai gastar perto de R$ 20 bilhões com a folha de pessoal neste ano, o que tem comprometido a capacidade de investimentos do estado.

No primeiro quadrimestre, por exemplo, foram investidos apenas R$ 70,4 milhões. De acordo com Costa, o ideal é que o Paraná possa investir em torno de R$ 5 bilhões. Para isso, ele afirmou que a Fazenda vem tentando conter a “bola de neve” de déficits sucessivos das contas de um estado que gastava mais que arrecadava. Neste quadrimestre, já foram pagos R$ 666 milhões de dívidas de anos anteriores, mas ainda restam em torno de R$ 2 bilhões pendentes com cerca de 5 mil fornecedores.

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Esse foi um dos motivos que fez com que fossem aplicados apenas 8,66% na saúde, quando a exigência é de 12% da receita – diferença de 278 milhões. Já na educação, foram investidos 32,11% dos 30% exigidos.

Além disso, o Executivo conseguiu reduzir as despesas com pessoal de dezembro de 2014 para abril deste ano: de 46,76% da sua receita corrente líquida para 45,97%. A queda garantiu que o governo ficasse abaixo do limite prudencial de 46,55% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “O secretário foi muito sincero e deixou claro que o governador ficou três dos quatros anos do primeiro mandato pensando apenas na reeleição”, atacou o líder da oposição, Tadeu Veneri (PT).