Segurança é detido por abusar sexualmente da neta de 2 anos

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"Quero ver esse monstro apodrecendo na cadeia". Essas foram as palavras da dona-de-casa Cristiane Aparecida Dezembro, de 21 anos, que denunciou o próprio pai, o segurança Clineu Dezembro, de 55, por abusar sexualmente da neta de 2 anos e seis meses, filha dela. A polícia apreendeu uma fita de vídeo que mostraria o avô tocando as partes íntimas da criança nua e deteve o suspeito.

Cristiane prestou queixa contra o pai no início da madrugada de terça-feira, no 37º DP, em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. Ela contou que descobriu o abuso por acaso.

- Estava separando uma fita para assistir no domingo à noite quando encontrei justamente essa que ele havia gravado. No vídeo, minha filha aparece sendo molestada por ele. Ele foi muito covarde e cruel com a própria neta - afirmou Cristiane, que vive com a irmã, a filha e o pai em uma favela de Campo Limpo.

A menina foi encaminhada ao Hospital Pérola Byington, para exames.

- Agora entendo por que minha filha tinha trauma dele. Acho que ele vinha fazendo isso há algum tempo - acredita a mãe.

Após assistir à fita, Cristiane disse que sua irmã, de 16, também revelou ter sido violentada pelo pai por quase quatro anos.

- Ela me disse que teve a primeira relação sexual com esse canalha. Mas ela nunca me contou nada porque ele sempre a ameaçava. Mas hoje (terça-feira), ela ajudou a mostrar quem realmente é nosso pai - disse Cristiane, que não teve coragem de conversar com o suspeito.

Um primo da dona-de-casa contou que o segurança tinha ciúme da filha e da neta.

- Ele não gostava que ninguém chegasse perto delas - garantiu o familiar.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, Dezembro confessou ter filmado a neta em poses "sensuais", com e sem roupa. Porém, o segurança nega o abuso. Cristiane disse que pretende deixar o Campo Limpo e se mudar com a filha para a casa de uma tia na zona leste. Ela pretende fazer representação contra Dezembro. Sua mãe, conta Cristiane, teria abandonado Dezembro há mais de dez anos. A polícia pediu prisão temporária do segurança à Justiça.