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750 mil

É o contingente de profissionais da área de segurança pública que trabalham no Brasil. Pesquisa feita pelo governo no ano passado mostrou que 70% deles são favoráveis a mudanças na estrutura policial.

Cada um por si

Uma das propostas levantadas no começo do governo Lula era dar autonomia aos estados para gerir a segurança pública. A ideia não prosperou por falta de entendimento político.

Os candidatos a presidente terão dois caminhos a escolher em 2010 quando tratarem de segurança pública. O primeiro é assumir a responsabilidade de conduzir mudanças na área e arcar com os custos da decisão. O outro é manter o problema nas mãos dos governadores – e bem longe do Palácio do Planalto.

O antropólogo Luiz Eduardo Soares foi secretário nacional de Segurança Pública durante o primeiro ano da gestão Lula (2003) e diz que as gestões tucana e petista sempre encararam o tema com receio de perdas políticas. "Como qualquer sucesso nessa área exige muitos anos de maturação, nenhum presidente se dispõe a sacrifício. Eles pensam assim: se os frutos só virão no futuro por que agora eu vou aceitar ficar com os espinhos?"

Autor do livro A Elite da Tropa, que embasou o filme Tropa de Elite, Soares explica que qualquer discussão séria a partir do governo federal precisa partir da ideia de uma reforma do modelo policial no Brasil, para a integração da força civil e militar. Ele também defende a "desconstitucionalização" da segurança pública, deixando que cada estado dite as regras para o setor e uma discussão mais aprofundada para a valorização da carreira dos profissionais da área.

Para o coordenador do curso de Aprimoramento da Prática Policial Cidadã da ong Viva Rio, Fabiano Monteiro, o sucateamento dos salários prejudica quase todas as ações para melhorias na segurança pública. "Uma solução para isso seria taxar a produção de armas."

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