O presidente municipal do PP, Alberto Klaus, parece não correr risco de perder o cargo, apesar das suspeitas de irregularidades nos contratos entre a prefeitura de Curitiba e a Construtora Iguatemi, que pertence à sua família. O presidente estadual do partido, deputado Ricardo Barros, diz que não pode prejulgar ninguém. "E se eu decido afastá-lo do cargo e, lá na frente, o Tribunal de Contas diz que não há nada errado com os contratos?", justifica. Segundo Barros, todos os negócios de Klaus com a prefeitura foram fruto de licitações e representam pouco perto do faturamento total da empresa Iguatemi. Sobre a questão ética de um presidente de partido aliado a Beto Richa (PSDB) executar obras públicas, o deputado não vê problema. A interpretação do deputado Tadeu Veneri (PT), que está cobrando explicações sobre as ligações entre a Iguatemi e a prefeitura, é bem diferente. "Como uma empresa acusada de fraudar documentos e considerada inabilitada para participar de licitações pode continuar assinando contratos?"

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Mãozinha 1

Os candidatos a prefeito de Londrina receberam nesta semana reforços da capital para a campanha de televisão e de rua. O prefeito Beto Richa (PSDB) e o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, gravaram pedidos de votos para o tucano Luiz Carlos Hauly. Já o deputado estadual Fabio Camargo (PTB) levou equipes de Curitiba para fazer a distribuição de material de propaganda nas ruas de Londrina para Barbosa Neto (PDT).

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Mãozinha 2

Nesta semana, Hauly também recebeu o apoio do governador Roberto Requião (PMDB). O governador anunciou oficialmente seu apoio à candidatura do tucano em Londrina, na quarta-feira, em visita à cidade. Requião irá participar dos programas de Hauly na rádio e na tevê e já gravou seu depoimento. O terceiro turno em Londrina será realizado no próximo dia 29.

Pedra

Dos 12 deputados que faltaram à votação da PEC do Emprego na última quarta-feira na Assembleia Legislativa, apenas um apresentou justificativa ao líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Carlos Simões (PTB) disse que teve uma crise renal muito forte e foi internado. Romanelli declarou que vai insistir no desconto dos salários dos deputados que faltarem nas sessões de agora em diante.

Metralhadora

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A ira de Romanelli por ter perdido a votação foi descontada na oposição que votou contra a PEC, nos aliados ausentes e até na iniciativa privada. Segundo o deputado, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), teria pressionado os deputados por meio de visitas e documentos entregues nos gabinetes. "Sempre que envolve benefício para o trabalhador ou para o povo, tem-se uma manifestação contra da Fiep", disse.

Comparação

O deputado estadual Edson Strapasson (PMDB) continua criticando o aumento de 1% para 2,5% da alíquota do IPVA de caminhonetes com cabine dupla e caçamba. Ele está apresentando números da Secretaria de Estado da Fazenda para argumentar que não está defendendo as caminhonetes de luxo.

Básicas

Segundo Strapasson, existem no Paraná 29.231 caminhonetes com carroceria aberta e capacidade para cinco passageiros. Dessas, 15.254 são avaliados em até R$ 50 mil, outras 13.296 custam até R$ 100 mil e 311 tem valor superior a R$ 101 mil. Strapasson diz que muitos desses veículos estão a serviço da construção civil ou da área rural e não é justo cobrar mais IPVA desse tipo de veículo.

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Equívoco estético

O governador Roberto Requião classificou como "equívoco estético" o Monumento dos Campos Gerais, apelidado pelos moradores de "Cocozão". A obra, que era motivo de chacota em Ponta Grossa, foi demolida pela prefeitura no mês passado. Custou R$ 90 mil e havia sido erguida na gestão do ex-prefeito e atual deputado estadual Péricles Mello (PT). Requião ainda brincou que a extinção do Cocozão se deve à nova estação de esgoto de Ponta Grossa, inaugurada na sexta-feira pelo governo.

Devolução

Mais cinco senadores formalizaram, na sexta-feira, a decisão de estornar o valor pago aos servidores de seus gabinetes de hora extra no período de janeiro. São eles: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Roseana Sarney (PMDB-MA), Serys Slhessarenko (PT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS) e Augusto Botelho (PT-RR). Agora já somam 11, do total de 81, os senadores que determinaram a devolução do benefício.

Pinga-fogo

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"Eu já estou articulando dentro do partido. O que eu puder puxar para o (José) Serra, eu puxo."

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), senador, que virou figura requisitada no Congresso após declarações contra o partido, deixando claro seu apoio à candidatura de José Serra à Presidência em 2010.