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Um grupo de deputados estaduais do Paraná protocolou nesta semana, na Assembléia Legislativa, a criação do bloco independente. A intenção do grupo é não submeter-se nem à oposição ao governo nem aos parlamentares da situação. São seis independentes: Rosane Ferreira (PV), Fernando Ribas Carli Filho (PSB), Fábio Camargo (PTB), Chico Noroeste (PR), Edson Praczyk (PRB) e Reni Pereira (PSB), que assumiu o papel de líder.

O bloco promete votar de acordo com a votade da maioria, em qualquer circunstância. Em caso de três optarem por um lado e os demais pelo outro, a palavra do líder valerá para o desempate. Os novos deputados que quiserem fazer parte do grupo terão de ser aceitos também de acordo com a decisão da maioria dos independentes.

Esses parlamentares já votam de forma independente desde o início desta legislatura, mas sofriam pressão constante da oposição e da situação. "Por isso, resolvemos formar o bloco, para termos mais força e mais respeito e credibilidade", disse Fábio Camargo.

O petebista contou que convocou os outros cinco após uma análise de como eles votavam. "Percebi que eles também eram independentes e, assim como eu, além de sofrer muita pressão, eram sempre voto vencido. Resolvemos então, criar uma terceira via na Assembléia Legislativa", disse.

Esse grupo, no entanto, é formado por parlamentares que pensam de forma muito diferente, o que pode gerar conflitos. Mas Camargo garantiu que o apoio de todos será incondicional e os seis afirmaram que estão muito à vontade.

Dos seis, os que mais estão sofrendo pressão, principalmente dos governistas, são Camargo e Rosane. Ele por ser genro do chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro. Ela por ter o presidente do seu partido, o PV, Jorge Mello Viana, como assessor especial do governador Roberto Requião (PMDB). "Essas duas situações foram muito discutidas. Mas não vamos fazer acordos", disse o petebista. O grupo solicitou à primeira-secretaria da Casa uma sala e vai contratar um advogado para fazer a assessoria jurídica.

De acordo com o deputado Reni Pereira, há uma possibilidade do bloco crescer antes mesmo do recesso parlamentar, que ocorre neste mês de julho. É que o PDT está querendo aderir ao grupo. "Isso é bom, pois são parlamentares que não têm a rivalidade com o governo que a oposição tem, nem a submissão da situação", disse.

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