Começou na tarde desta segunda-feira, 14, a reunião da presidente Dilma Rousseff com prefeitos, que entregaram à petista uma carta de apoio ao seu mandato e repúdio ao impeachment. Do grupo de 16 prefeitos que assinaram a carta, apenas seis participam do encontro, que conta com a presença dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Estão no encontro o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB); de Goiânia, Paulo Garcia (PT); Palmas, Carlos Enrique Franco Amastha (PSB); Macapá, Clécio Luis Vilhena Vieira (sem partido); Campo Grande, Alcides Bernal (PP), e Fortaleza, Roberto Claudio Bezerra (PDT).
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pré-candidato à reeleição, assinou o manifesto, mas não participa da reunião, pois cumpre agenda na capital paulista.
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O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), informou que o documento foi formatado por ele e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes. “Não podemos conviver com a instabilidade política. O reflexo desse período instável é sentido diretamente na sociedade”, disse, em nota.
Garcia citou ainda que é preciso acabar com “processos conturbados e manipulados por quem, inclusive, tem processo na Comissão de Ética”. A referência foi dirigida ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), responsável por acatar o pedido de impeachment no dia 2 de dezembro.
Dia no Alvorada
Depois de reclamações da oposição sobre o fato de a presidente usar o Palácio do Planalto para promover eventos e reuniões para traçar estratégias e se defender do impeachment, Dilma optou, nesta segunda-feira, por trabalhar no Palácio da Alvorada.
Mais cedo, ela recebeu os ministros Helder Barbalho (PMDB-PA), da Secretaria de Portos, e Nelson Barbosa, do Planejamento.
Dilma completa 68 anos, em meio ao processo de impeachment, vai manter uma agenda normal durante o dia. A semana é tida como crucial pelo governo, já que na quarta-feira, 16, está previsto o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que deve definir o rito do impeachment.
Pela manhã, a presidente comandou a reunião de coordenação política da sua residência oficial. À tarde, recebeu o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).