O deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou na tarde desta segunda-feira (12) que pretende renunciar ao mandato.
Questionado pela reportagem se procedia a informação de que iria abrir mão do cargo diante da possibilidade de o plenário iniciar a votação do processo de cassação no dia de hoje, o peemedebista foi enfático: “Não. Sem a menor chance”.
Apesar das negativas de Cunha, dentro da Câmara circula, entre alguns parlamentares, a informação de que ele deverá renunciar ao cargo, antes ou durante a sessão, marcada para as 19 horas.
Em meio aos rumores, integrantes da assessoria técnica da Casa esclareceram aos jornalistas que, caso Cunha apresente um pedido de renúncia, ele continuará com a prerrogativa do foro privilegiado até a conclusão da votação.
A renúncia, no entanto, não interrompe o processo, ou seja, a Câmara ainda assim deve votar a cassação. Mas, diante do impacto da decisão do peemedebista, há a possibilidade de a sessão ser tumultuada por ação de aliados do deputado e obrigue o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a interrompê-la. Assim, Cunha ganharia tempo e continuaria com foro privilegiado até ser marcada nova sessão e a votação definitiva do processo.
Às 16h05, o painel da Câmara já registrava a presença de 218 deputados na Casa e 159 na sessão. Alguns aliados do peemedebista, que integram o chamado Centrão, dão como certo que haverá quórum suficiente para votar o processo de cassação hoje.
Rodrigo Maia tem ressaltado, contudo, nos últimos dias, que só abrirá a sessão caso tenha um quórum mínimo de 420 deputados. Para que Cunha seja cassado é necessário no mínimo 257 votos.
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