Enquanto permanecer o impasse, Traiano disse que não dará tramitação aos projetos de reajuste aos servidores dos outros poderes do estado.| Foto:

Apesar das afirmações do governador Beto Richa (PSDB) de que a atual proposta de reajuste salarial ao funcionalismo público é “irrecusável”, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSDB), anunciou, nesta segunda-feira (01), que não colocará o projeto em votação enquanto não houver consenso entre Executivo e servidores. Neste momento, deputados da base aliada e setores do governo estão reunidos no Palácio Iguaçu para discutir uma nova proposta, que garantiria a reposição de toda a inflação de 8,17% neste ano.

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Tirada de uma reunião entre deputados governistas e da oposição, a proposta levada a Richa prevê a aplicação de 3,45% de reajuste em outubro e de 4,56% em dezembro. Com isso, a data-base do funcionalismo seria mantida em maio.

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No projeto enviado à Assembleia na semana passada, o Executivo oferece 3,45% de correção relativa à inflação de maio a dezembro de 2014, parcelado em três vezes (1,15% em setembro, 1,15% em outubro e 1,15% em novembro) mais uma correção da inflação de 2015, estimada em 8,5%, a ser paga em janeiro de 2016. Para isso, a data-base passaria de 1.º de maio para 1.º de janeiro de cada ano.

Enquanto permanecer o impasse, Traiano disse que não dará tramitação aos projetos de reajuste aos servidores dos outros poderes do estado.

Oposição

Vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Requião Filho (PMDB) ingressou na Justiça com uma ação popular em que pede o bloqueio de R$ 1,3 bilhão das contas do governo do estado para garantir o pagamento do reajuste de 8,17% ao funcionalismo público.

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No pedido de liminar feito nesta segunda-feira (1.º), o peemedebista argumenta que é dever do Executivo previsto em lei garantir a reposição inflacionária aos servidores estaduais. “Se o governo acha certo bloquear a conta da APP-Sindicato para pagar a multa de uma greve que ainda se discute na Justiça, é justo que se bloqueie a conta do governo para garantir o reajuste previsto em lei, que deveria ser dado em 1.º de maio sem discussão”, afirmou, da tribuna da Casa.