Sem escolta

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Pinga-fogo

Hugo Harada/Gazeta do Povo

"A prefeitura [de Curitiba] investigar a Consilux é colocar a raposa cuidando do galinheiro. Não há nenhuma legitimidade nisso, até porque nem sabemos ainda se este casamento acabou, pois até há pouco tempo tivemos a notícia de que o contrato com a Consilux não havia sido rompido pelo prefeito [Luciano Ducci]."

Pedro Paulo, vereador (PT), criticando a retirada das assinaturas de aliados do prefeito do pedido de abertura de uma CPI para investigar as denúncias contra a empresa que operava os radares em Curitiba.

A partir de hoje o ex-governador Orlando Pessuti (foto) não terá mais a escolta de policiais militares a seu dispor. O policial que fazia sua segurança pessoal foi cedido por 120 dias, em um acordo entre o ex-governador e o atual comando do estado. O prazo acabou ontem. A regulamentação da escolta policial para ex-governadores está sendo estudada pelo Executivo, que pretende transformar isso em lei. No ano passado, uma proposta de iniciativa de deputados aliados do ex-governador Roberto Requião causou polêmica e acabou sendo barrada na Assembleia.

Ficha Limpa

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante (foto), ajuizou ontem no Supremo uma ação requerendo que o tribunal declare a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Para a OAB, é preciso que o Supremo esclareça como será a aplicação da lei a partir das eleições municipais do ano que vem. Em julgamento no STF, prevaleceu o entendimento de que, para que fosse aplicada, a norma precisaria ter sido sancionada um ano antes da votação.

Tumulto geral

Em meio à polêmica que divide o Palácio do Planalto e Congresso sobre os chamados "restos a pagar" do orçamento da União, o senador José Sarney (PMDB-AP, foto) classificou de "ficção" o processo orçamentário brasileiro. O presidente do Senado afirmou ontem que a liberdade do Executivo para executar um orçamento diferente do aprovado pelo Congresso cria um "tumulto geral" nas contas públicas. "É uma ficção porque nós votamos aqui e o Poder Executivo pode executá-lo da maneira que ele quiser."

Para pensar...

"O governo do Paraguai é como o governo do Brasil, [um governo] com grande sensibilidade social."

Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, ao anunciar a viagem da presidente Dilma Rousseff ao país vizinho no próximo dia 15.

Veneri x Stephanes

O deputado Tadeu Veneri (PT) anunciou ontem que vai acionar o colega Stephanes Junior (PMDB) na Corregedoria da Assembleia Legislativa. Na segunda-feira, o peemedebista acusou Veneri de ter "embolsado" R$ 150 mil referentes à verba de ressarcimento para custear o mandato parlamentar. "Foi feita uma acusação pessoal grave, que terá de ser provada. Não estamos numa mesa de bar para dizer uma coisa e simplesmente esquecer depois", reagiu o petista, que disse o seu sigilo bancário está à disposição de todos.

Limbo

A Assembleia paranaense deve divulgar hoje o número de servidores que aceitaram ser cedidos à Secretaria de Estado da Justiça. Nos dois últimos dias, a secretaria recebeu funcionários do Legislativo para discutir em qual função eles serão encaixados na pasta. No total, a Assembleia dispensou 119 servidores, todos concursados, supostamente por não terem nenhuma função a desempenhar na Casa.

PSD

O comando do PSD no estado tratou de jogar um balde de água fria ontem nas pretensões do deputado estadual Fabio Camargo de se filiar à legenda para disputar a eleição municipal em 2012. Camargo já anunciou que vai deixar o PTB por causa de diferenças com o comando da sigla no Paraná e sonha em se candidatar novamente à prefeitura de Curitiba. Segundo Eduardo Sciarra, que coordena a organização do PSD no estado, a prioridade da legenda é o fortalecimento do partido com a "adesão de quadros de qualidade, sem se voltar para indicações ou pretensões pessoais em relação às eleições municipais do próximo ano".