| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Prestes a se despedir do cargo, o governador Roberto Requião (foto) quer acabar até com os feriados municipais do funcionalismo público. Ele tenta aprovar na Assembleia Legislativa um projeto que estabelece que o governo estadual deve respeitar apenas feriados estaduais e nacionais. Mas a mudança no calendário empacou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e recebeu voto contrário ontem do relator, deputado Reni Pereira (PSB). Segundo o deputado, a matéria é competência do governo federal e o governo do Paraná não pode ferir a legislação do país. Até mesmo o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), estranhou a ideia de Requião e fez um pedido de vistas ao projeto do chefe.

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Aliás...

Falando em Requião, o governador cometeu um ato falho durante a reunião do secretariado ontem. Ao anunciar novas iniciativas, disse que alguém poderia pensar que ele não deveria se preocupar com isso. "Por que se preocupar com isso se você e o Pessuti não vão estar no estado no ano que vem?", perguntou. A câmera passou imediatamente para o vice-governador Orlando Pessuti, na plateia. Pessuti, que é pré-candidato do PMDB ao governo, deve ter ficado sem entender nada. Afinal, nem em público o governador finge acreditar que ele vai se eleger?

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Mais um fora

Depois de incentivar nos bastidores a candidatura do vice-presidente José Alencar ao governo de Minas Gerais como uma forma de unir a base governista no estado, o presidente Lula e estrategistas políticos do governo e do PT decidiram mudar de estratégia e assumir uma posição mais cautelosa. Por isso, a determinação da cúpula palaciana foi de, por enquanto, mergulhar com o balão de ensaio da candidatura Alencar, já que foi forte a reação do PMDB do ministro das Comunicações, Hélio Costa, pré-candidato à sucessão do tucano Aécio Neves.

Ficha suja 1

A Camara criou hoje um grupo de trabalho para discutir os projetos que vetam candidaturas de politicos com "ficha suja". Como não há consenso entre os deputados para a votação dos projetos, o grupo vai tentar reunir as propostas em um texto único para ser submetido a análise do plenário da Casa.

Ficha suja 2

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O presidente da Camara, Michel Temer, trabalha para conseguir aprovar no primeiro semestre uma agenda de votações de apelo popular. Temer quer ganhar força na Casa para ser indicado à Vice-Presidência na chapa de Dilma Rousseff.

Recíproco?

O núcleo ligado ao senador Osmar Dias (PDT) está atento às declarações do senador Alvaro Dias (PSDB) de que se for candidato a governador terá o apoio do irmão, que abriria mão da disputa. "Mas isso serve também em situação contrária? Alvaro apoia Osmar se ele for candidato a governador?", provocou o líder do PDT na As­sem­­bleia, Luiz Carlos Martins (foto). "É a pergunta que todo mundo quer fazer."

Mais tempo

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) pediu o adiamento para depois do carnaval de reunião que discutirá sua candidatura ao governo de São Paulo. O encontro com os dirigentes de oito partidos – PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC e PTN – estava marcado para amanhã. Ciro aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de votos à Presidência. Segundo o presidente do PT paulista, Edinho Silva, Ciro pediu mais tempo para conversar com os partidos.

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Pinga-fogo

"Não podemos permitir que a bandeira dos Direitos Humanos, tema universal, inquestionável e com o qual todos nós concordamos, venha a ser usada para impor propostas inadequadas e contrárias ao regime democrático."

Kátia Abreu, senadora (TO-DEM) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, justificando a convite ao ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, para explicar o Plano de Direitos Humanos do governo federal.