Sem Lula na disputa, Serra venceria corrida ao Planalto

O governador José Serra (PSDB-SP) venceria a disputa pela Presidência da República em 2010 sem a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, segundo pesquisa CNT/Sensus. Serra venceria com 38,1% dos votos na disputa com Ciro Gomes (PSB), que foi lembrado por 17,4% dos entrevistados.

Em terceiro lugar aparece a ex-senadora Heloísa Helena com 9,9% dos votos, seguida pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), com 8,4%.

Na série da pesquisa em que Serra foi substituído pelo governador Aécio Neves (PSDB-MG), Ciro Gomes venceria a disputa com 24,9% dos votos, contra 18,2% recebidos pelo governador tucano. Heloísa Helena ainda aparece em terceiro lugar com 13,4% dos votos, seguida por Dilma, com 8,6%.

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, avalia que Serra se mantém estável, com índice de crescimento na pesquisa se comparado com Aécio – mesmo com a inserção do governador de Minas no cenário nacional em conseqüência das eleições municipais. "O Aécio tem aparecido bastante na mídia em razão da coligação informal com o PT na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte", afirmou Guedes.

A pesquisa também substituiu Dilma pelo ministro Patrus Ananias (Combate à Fome), mas na série Serra também sairia vencedor com 38,5% dos votos. Em segundo lugar aparece Ciro Gomes com 19,6% dos votos, depois Heloísa Helena, com 10,6%. Patrus aparece em quarto lugar com apenas 2,7% das intenções de voto.

A pesquisa mostra, no entanto, que o índice de votos brancos, nulos e indecisos ainda é muito elevado. Em média, nos cenários de disputa, supera os 30%.

Segundo turno

Nas disputas em segundo turno, Serra sai vencedor em todos os cenários em que aparece na disputa com Dilma, Patrus e Ciro Gomes. A maior vantagem de Serra aparece na disputa direta com Dilma na qual o petista recebeu 51,4% dos votos contra 15,7% da ministra.

No páreo Serra x Patrus, o tucano recebeu 55,1% dos votos, enquanto o ministro, 7,7%. Já na disputa com Ciro, o tucano recebeu 47,1% dos votos contra 22,5% do deputado.