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Depois da rodada dupla de mensaleiros absolvidos, o clima na Câmara é de adeus às máscaras. Em todo canto, ouvem-se elogios ao discurso de Roberto Brant (PFL-MG) sobre a necessidade de ter "coragem" para contrariar a opinião pública. ...de ser feliz – Segundo previsões suprapartidárias, o plenário também deve livrar a cara de João Magno (PT-MG), Josias Gomes (PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP), além de Pedro Henry (PP-MT), já inocentado pelo Conselho de Ética. Estilo Zé Dirceu – Animado com a absolvição de Professor Luizinho (PT-SP), João Paulo Cunha ameaça recorrer para impedir a votação do texto de Cezar Schirmer (PMDB-RS) no Conselho de Ética. Alertado, o relator se reuniu ontem com advogados para preparar o contra-ataque. Nada a declarar – A pressão dos petistas pela absolvição de Roberto Brant foi tamanha que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), estava inscrito para discursar em defesa do relatório de Nelson Trad (PMDB-MS) pela cassação do pefelista, mas, na hora "H", desistiu de falar. Não confunda – Foi Fernando Ferro (PT-PE), e não Fernando Coruja (PPS-SC), quem discursou em defesa indireta da absolvição de Brant. Cartesiano – De um deputado do baixo clero, justificando seu voto pró-Luizinho no julgamento de quinta: "Se a Câmara representa a média do Brasil, e a popularidade do Lula sobe, é natural absolver um deputado do PT". Febeapá 1 – No falatório que precedeu a absolvição dos mensaleiros, Max Rosenmann (PMDB- PR) pediu a palavra ao presidente da Câmara: "Insisto na proposta de enviar as cédulas com antecedência aos gabinetes, para evitar a fila. Cada parlamentar registra o voto, vem ao plenário e entrega a cédula. Não precisaria existir uma fila da fila". Febeapá 2 – E Aldo Rebelo: "A Presidência estudará a sugestão de V. Exa., deputado Max Rosenmann".

Olho no calendário – Na apresentação, hoje, do relatório em que pede a cassação de João Paulo Cunha (PT-SP), Cezar Schirmer (PMDB-RS) relacionará as datas do saque feito pela mulher do deputado no valerioduto e da contratação da SMP&B, de Marcos Valério, como agência oficial da Câmara. Cronologia – Tudo começa com café da manhã entre João Paulo e Valério, em 3 de setembro de 2003. Passa pelo saque, no dia seguinte; por novo encontro, em 20 de outubro; e culmina com a publicação do edital da concorrência vencida pela SMP&B, 13 dias depois. Xis da questão – No relatório, Schirmer não se ocupa do mensalão. Concentra-se no contrato de publicidade da Câmara e nas versões contraditórias de João Paulo. Contando os passos 1 – Ontem, quando Renan Calheiros prometia agir como "pacificador" no caso da verticalização das alianças eleitorais, um celular tocou música de duelo. A começar do presidente do Senado, todos caíram na gargalhada. Contando os passos 2 - Os parlamentares seguem irados contra o que chamam de ingerência do Judiciário. Se Aldo Rebelo falou em mudar o artigo que prevê o princípio da anualidade, há quem defenda mesmo suprimi-lo da Constituição.

TIROTEIO

* Do presidente da OAB, Roberto Busato, sobre a luta para derrubar a verticalização:

– Trata-se de golpe. O que diriam o PT e o Planalto se alguém sugerisse emenda para impedir Lula de disputar a reeleição?

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