Com a queda de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda, a oposição deve centrar fogo no presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para tentar atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Novo alvo da oposição, Okamotto é amigo de Lula e pagou uma dívida de R$ 29 mil do presidente com o PT.
- Não é uma demissão que vai encerrar o caso da acintosa quebra de sigilo. O que está em jogo é a credibilidade das instituições do país. O assunto não está encerrado. Tanto no caso de Okamoto, quanto de Francenildo - disse o líder do PFL, senador Agripino Maia (RN).
A oposição também começa a cobrar pela punição penal do ex-ministro da Fazenda e do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso pela violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
- Houve um crime praticado dentro do governo por altas autoridades que foram escolhidas pelo presidente da República. Um crime de que deve ser penalizado. O presidente é o grande responsável, porque escolheu mal seus assessores. É a última peça desse esquema, que espero que caia no próximo dia 1º de outubro - disse o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
Da tribuna, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), lamentou que justamente o governo de um sindicalista tenha ido tão longe, valendo-se do aparato do Estado para perseguir um caseiro que denunciou o ministro da Fazenda.
- Até onde eles chegariam se fosse algo mais grave do que uma mentira do ministro? Ao assassinato? - indagou Virgílio, acrescentando:
- Nem Fernando Collor agiu assim, caiu com dignidade formal, sem usar o Estado em sua defesa.