Um dos crimes de maior repercussão no Distrito Federal completa um ano neste mês, sem indícios de que será desvendado. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de 73 anos, sua mulher, Maria Carvalho, de 69 anos, e a empregada Francisca Nascimento da Silva, de 58 anos, foram assassinados com 73 facadas, no apartamento onde moravam.
O crime chamou a atenção pelos personagens, mas hoje se destaca mais pelos erros da investigação. Villela ficou conhecido por atuar como advogado do ex-presidente Fernando Collor no processo de impeachment.
O casal e a empregada foram mortos no dia 28 de agosto no apartamento em que viviam, um imóvel de 500 metros quadrados em área nobre de Brasília, protegido por câmeras e seguranças. Mas os corpos só foram encontrados três dias depois, pela neta do ex-ministro. Foram roubados dólares e joias, valores insignificantes se comparados aos bens da família.
Um ano depois, a polícia não sabe se houve um latrocínio (roubo seguido de morte) ou crime encomendado. Desde o início, os atropelos se sucedem nas investigações, que começaram na 1ª Delegacia de Polícia.
As prisões de três suspeitos foram relaxadas por falta de provas. Em dezembro, a promotoria pediu a transferência da investigação para a Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida). O imóvel dos Villelas foi periciado várias vezes e foram ouvidas mais de cem pessoas no caso.
Em abril, um exame do Instituto de Criminalística da Policia Civil comprovou que a chave apreendida com um dos suspeitos é a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal. A delegada foi licenciada. A assessoria da Corvida informa que os assassinatos serão elucidados "logo, logo". Familiares do casal e de Francisca da Silva não falam com jornalistas.
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