O novo feriado nacional em homenagem ao Frei Galvão, que seria comemorado na próxima sexta-feira, 11, deverá ficar apenas na vontade de seu idealizador, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), e dos brasileiros que esperavam ficar mais um dia no ano sem trabalhar. A proposta chegou a ser aprovada pelo Senado no início de abril, mas foi vetada pela Comissão de Educação e também deve ser barrada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Além do mais, não há tempo hábil, mesmo que os parlamentares quisessem, para o projeto passar pela Câmara, voltar para o Senado - já que foi alterado pelos deputados - e receber sanção presidencial até sexta. O feriado só valeria para este ano, em homenagem à canonização do primeiro santo brasileiro.
- Na prática, não há tempo processual e o projeto está prejudicado - explica o relator da proposta na CCJ, Bruno Araújo (PSDB-PE).
O parlamentar adianta que já preparou seu relatório, pedindo que seja criado apenas um dia em homenagem ao Frei Galvão, sem a instituição do feriado. Segundo o tucano, a maioria da CCJ vai apoiar seu texto. Até mesmo o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Scherer, criticou a criação de um novo feriado nacional:
- Um feriado municipal pode ser bem-vindo. Mas não é a coisa mais importante instituir mais um feriado santo para o Brasil. Talvez não seja oportuno - disse o bispo no mês passado.
Na justificativa do projeto, Dornelles argumentava que, após anos de esforços, Frei Galvão teve sua santidade reconhecida pelo Vaticano, passando a ser o primeiro santo brasileiro. É verdade que, em 2002, o Papa João Paulo II canonizou Madre Paulina. No entanto, apesar de ter passado a maior parte da vida no Brasil, a religiosa nasceu na Itália.
Nascido em 1739 em Guaratinguetá (SP), Frei Galvão morreu em São Paulo em 23 de dezembro de 1822 e foi fundador do Mosteiro da Luz. A ele foram atribuídos muitas curas, entre elas as proporcionadas pela ingestão de uma pílula que consiste numa oração inscrita em um papel.
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