Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fecharam três das principais rodovias de São Paulo nesta quarta-feira (25) em protesto por habitação.
Os manifestantes reclamam uma solução das autoridades para a situação de cerca de 3 mil pessoas que, desde 16 de março, estão acampadas em um terreno de 1,3 milhão de metros quadrados no bairro Valo Velho, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, e devem ser despejadas em 7 de maio.
Os sem-teto bloquearam nesta manhã as rodovias Raposo Tavares, Castello Branco e Régis Bittencourt e divulgaram um manifesto justificando a ação coordenada, que apresentam como um ato pacífico. "O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a ausência de políticas sociais que garantam os direitos da população pobre. Trata-se, não custa lembrar, de direitos previstos na Constituição Federal, que nunca saíram do papel", diz o movimento em nota.
Nas três rodovias, os manifestantes utilizaram pneus em chamas para interromper a passagem de carros. Na Rodovia Raposo Tavares, o bloqueio aconteceu no km 21; na Régis Bittencourt, no km 272, próximo à Taboão da Serra; na Castello Branco, ocuparam a pista no km 26, em Barueri.
O protesto
A principal reivindicação dos sem-teto é de que o governo tome providências para abrigar as famílias reunidas em Itapecerica da Serra. Em 30 de março, os moradores do acampamento fizeram uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, e só foram embora após receberam a promessa de um programa habitacional para atender as famílias.
De acordo com os sem-teto, nenhuma providência foi tomada desde então. O G1 entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Habitação, que ficou de checar as reivindicações dos manifestantes. O grupo tem feito seguidos protestos para reclamar uma solução. Até um ato simbólico em frente à Daslu foi realizado. No começo do mês, os manifestantes fizeram uma passeata até a prefeitura do município.
Além de reclamarem uma solução para a situação do acampamento, os manifestantes também se posicionam em nota contra a Reformas da Previdência, a Reforma Trabalhista e a Emenda 3 e defenderam a reintegração dos metroviários demitidos após a greve no trasporte público desta segunda-feira (23).
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