O seminário "Crise Rumos e Verdades", que será promovido pelo governo estadual para discutir os problemas econômicos mundiais, terá como principais financiadores bancos públicos e empresas de economia mista do estado. O evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Copel, Sanepar, Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e entidades de classe e fundações, como a Associação dos Engenheiros da Petrobras e os conselhos de Economia e de Administração do Paraná.
O volume total de recursos provenientes dos patrocinadores não é conhecido, pois as entidades ainda estão acertando com o governo estadual os valores que serão repassados. As assessorias da Caixa e do Sicoob, por exemplo, informaram que somente na próxima semana haverá uma definição do valor da contribuição à promoção do evento.
De acordo com o governo estadual, os repasses feitos pelos parceiros devem ser suficientes para cobrir todos os custos do seminário. O valor total dos gastos, porém, ainda não foi divulgado. A assessoria da Casa Civil informou que todas as despesas serão contabilizadas na página de divulgação de gastos do governo, o site Gestão do Dinheiro Público.
De iniciativa do governador Roberto Requião (PMDB), o seminário começa no próximo domingo, dia 7, e vai até o dia 11, no auditório do Canal da Música, de propriedade do estado. Segundo o material de divulgação, o evento vai reunir economistas, professores, empresários e administradores do Brasil, Alemanha, Argentina, China, Estados Unidos, Itália, Inglaterra, México, Rússia e Venezuela. Das 500 vagas disponíveis, havia, até ontem à tarde, 480 inscritos.
Entre os palestrantes brasileiros estão o senador Aloizio Mercadante (PT), os economistas Carlos Lessa e César Benjamin e o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann. Também está confirmada a participação do secretário sênior de relações econômicas da Organização das Nações Unidas (ONU), Alex Izurieta. A programação completa e a ficha de inscrição podem ser acessadas no site www.crise.pr.gov.br.
"Vai ser o maior debate já realizado no país sobre a crise econômica. Eu conversava muito sobre isso com a nossa ministra Dilma (Rousseff, da Casa Civil). Nós temos que ouvir o que tem que ser dito. Nós temos que ir fundo nesse processo. A discussão tem que ser exaustiva porque precisamos encontrar e conhecer os caminhos de saída da crise", disse Requião, em texto divulgado pela Agência Estadual de Notícias em 25 de novembro.
O governador é um crítico feroz do livre mercado e tem se colocado contra as intervenções na economia realizadas por governantes de todo o mundo. Segundo ele, "alguma regulação para evitar o desvario dos especuladores não quer dizer revigoramento do estado". Uma das sugestões de Requião para minimizar os efeitos da crise é a estatização do crédito. Para ele, o governo deveria conduzir os financiamentos, forçando os bancos privados a aumentarem os empréstimos aos empresários brasileiros. Ele também defende a queda dos juros e maiores investimentos em infra-estrutura.
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