A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (28) que ficou surpresa com a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a viagem para Davos, na Suíça, por ter uma crise hipertensiva. Ela disse que não ficou assustada com a situação, porque recebeu informações e avalia que "é bom" para o presidente que ele descanse nos próximos dias.

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O presidente foi internado na noite desta quarta em Recife após sofrer uma crise de hipertensão. De acordo com o médico Cléber Ferreira, que acompanhava o presidente na viagem, a pressão de Lula chegou a 18 por 12.

Todos os compromissos oficiais que o presidente teria até domingo (31) estão cancelados, incluindo a participação no Fórum Econômico de Davos, na Suíça. Lula vai passar o final de semana em sua casa, em São Bernardo do Campo, e só retoma sua agenda na segunda (1º).

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"Não me assustei. Não, porque a gente teve informação", disse Dilma. "Você se assusta quando fica sem informação. Posso ter ficado surpresa. Agora, nós tivemos contato sempre com ele. Nos dias anteriores, tivemos uma agenda muito puxada", lembrou a ministra.

Ela negou que o presidente esteja doente. "Temos que tomar cuidado para não transformar esse episódio que ocorreu e dizer que presidente está doente. Ele teve um episódio e vai ter que se tratar mais, vai ter que olhar mais. Obviamente, essa historia de dormir às 3 horas da manhã e estar lá no CCBB [local onde funciona provisoriamente a Presidência durante a reforma do Palácio do Planalto] às 9 horas é difícil. Mas aí fica difícil para qualquer um de nós", argumentou.

Dilma fez questão de dizer que logo pela manhã desta quinta Lula estava bem disposto e chegou a despachar com ela e o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, durante o voo de Recife para Brasília.

"É melhor que ele fique descansando esse final de semana. Já me disseram que ele está com a pressão boa. Já está com seus 11 por 7. Temos certeza que é bom que ele descanse porque nossa agenda é muito pesada. Sempre que possível, cada um de nós deve se tratar." A ministra chegou a brincar com a agenda do presidente e revelou que os ministros diziam que o acúmulo de atividades os fazia sentir na disputa de um rali. "As agendas do presidente são, não só nessa semana, vocês sabem que é um esforço enorme. Tem horas, no passado, que a gente chamava de Rali Paris-Dacar. Não tem assim dia [tranquilo] e muitas vezes [ele] não para nem para almoçar", disse.

Dilma afirmou que é sempre bom intercalar um pouco uma agenda pesada com outra mais leve, mas disse que não tratou do tema com Lula. "Sempre é bom a gente intercalar uma semana mais pesada com outra mais leve e não ter todos os dias engatilhados", disse.

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