A votação em segundo turno da emenda à Constituição que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2015 avançou nesta sexta no Senado, com a primeira das três sessões de discussão necessárias para a matéria entrar na ordem do dia. Os 12 senadores presentes, todos eles da base aliada do governo, elogiaram a proposta que permitirá à União gastar livremente 20% dos recursos arrecadados com impostos e contribuições sociais, com exceção das contribuições previdenciárias. O valor deve corresponder a R$ 62,4 bilhões em 2012. A validade da DRU que está em vigor termina em 31 de dezembro.

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A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que dará "um voto de confiança" na presidente Dilma Rousseff ao votar pela aprovação da DRU. "Penso que a presidente terá absoluta transparência e responsabilidade com essa liberdade que o Congresso concederá em relação à desvinculação de receitas", alegou.

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), dá como certo que a emenda será aprovada na terça-feira, 13 dias depois da votação em primeiro turno cujo placar de 59 votos a favor e 12 contrários mostrou uma diferença de 10 votos a mais do que o necessário.

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Um acordo de lideres manteve aberto hoje o painel eletrônico da quinta-feira, marcando a presença de 68 senadores. Jucá e o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), afirmam que a iniciativa atendeu a senadores que teriam de se ausentar de Brasília. Eles asseguram que a medida não reflete na sessão de discussão da DRU, que pode ocorrer com apenas cinco parlamentares no plenário.

Alvaro Dias informou que a oposição votará contra a prorrogação da DRU, por entender que o governo da presidente Dilma gasta "muito e mal". "Num governo assaltado por escândalos de corrupção, é uma temeridade oferecer um cheque em branco de R$62 bilhões em tempo de eleições", justificou o líder tucano.