O plenário do Senado confirmou nesta terça-feira (27), com 48 votos a favor, 17 contrários e 1 abstenção, o nome da deputada Ana Arraes (PSB-PE) para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). Mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Ana Arraes ocupará a vaga deixada por Ubiratan Aguiar, que se aposentou em agosto. O único a se manifestar contra a indicação da deputada pernambucana, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), disse que houve nepotismo durante o processo na Câmara devido à intensa participação de Eduardo Campos. "Se o que aconteceu na Câmara não é nepotismo, não é abuso do poder político e abuso da máquina, não sei o que é", disse. Já o líder do PT no Senado, o senador Humberto Costa (PE), defendeu a eleição de Ana Arraes e destacou a longa trajetória política da deputada. "A deputada Ana Arraes dignifica o estado de Pernambuco e o respaldo que o Congresso está lhe dando para ocupar a vaga no TCU. Ela não é apenas mãe de um governador e filha de um ex-governado, mas tem uma militância de muitos anos". Ana Arraes será a primeira mulher a ocupar uma vaga de ministra no TCU. Seis dos nove ministros do tribunal são escolhidos pelo Congresso Nacional. Os demais são indicados pelo presidente da República por meio de lista tríplice. Na mesma sessão, também foi aprovado o nome de Haman Tabosa de Moraes para o cargo de defensor público-geral da União. Tabosa de Moraes, de 35 anos idade, ingressou na Defensoria Pública-Geral (DPU) em 2006. Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele disse que a instituição não faz parte do Legislativo, do Executivo nem do Judiciário, sendo uma das funções essenciais da Justiça, ao lado do Ministério Público e da Advocacia Pública. A DPU, disse, atua perante o Poder Judiciário e as instâncias administrativas federais.

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