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As diversas tentativas de começar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Petrobras deverão ter um desfecho hoje, quando o plenário do Senado irá votar o parecer do ex-líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) para a criação da chamada CPI-Combo. Além de irregularidades na Petrobras, ela serviria para investigar também o caso de formação de cartel no metrô de São Paulo, que atinge tucanos, e atividades do Porto de Suape, em Pernambuco, que podem atingir Eduardo Campos (PSB).

A oposição defende a CPI exclusiva por entender que ampliar os fatos a serem investigados é uma forma de desviar o foco para, enfim, não apurar. As recentes revelações de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria montado um esquema de doações para políticos e partidos serão combustível extra para o cenário já inflamado.

"Os novos fatos mobilizam cada vez mais o governo para impedir as investigações de uma CPI. Governistas se dão conta de que esse Paulo Roberto Costa tem uma caixa de Pandora da qual ninguém sabe o que sairá. Seguramente tem muita gente com medo", diz o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP).

No Supremo Tribunal Federal (STF) a ministra Rosa Weber deu mais tempo ao governo e vai aguardar explicações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antes de decidir o pedido de liminar em mandado de segurança da oposição para agilizar a instalação da CPI exclusiva. Numa tentativa de esvaziar a criação de uma CPI, a presidente da Petrobras, Graça Fosrter, foi convencida a depor no Senado, também amanhã.

"Os acontecimentos dos últimos dias mostram a inevitabilidade da CPI. É uma cena ridícula do governo de tentar fazer uma CPI para tentar investigar tudo. É só para não investigar nada", reclama o líder do PSol, senador Randolfe Rodrigues (AP).

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