O presidente Renan Calheiros decretou luto oficial no Senado por três dias a partir deste sábado, em virtude do falecimento do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Ao mesmo tempo, determinou a convocação de uma sessão de homenagem e de pesar pelo desaparecimento do político sul-mato-grossense, a ser realizada na tarde desta segunda-feira, quando a família deverá receber o título de honoris-causa, concedido a Tebet pela Universidade do Legislativo (Unilegis), vinculada ao Senado Federal.

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Em entrevista à Agência Senado, o presidente Renan Calheiros disse estar muito emocionado com o falecimento de Tebet, considerado por ele como uma referência política e ética para todo o Congresso Nacional e para a sociedade brasileira.

- Sempre mantive com Tebet uma relação pessoal e muito próxima. A sua morte toca-me profundamente, de forma intensa, pois além da amizade tive a honra de participar ao lado dele de diversos momentos significativos do país, que acabaram enaltecendo as nossas trajetórias na vida pública.

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Renan Calheiros lembra que Ramez Tebet teve papel "inestimável" ao assumir a presidência do Senado Federal e contribuir para superar uma grave crise que afetava a instituição. A crise, no caso, culminou com as renúncias dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) e Jader Barbalho (PMDB-PA), no decorrer de 2001.

- Ele, com toda a sua grandeza, soube como ninguém produzir uma saída para aquela crise política.

Para Renan Calheiros, a "respeitada trajetória política de Tebet" era alicerçada em sua capacidade de conduzir os debates em clima civilizado e na direção da concórdia, sempre de forma competente. Como exemplo pessoal, Renan Calheiros destaca em Tebet a impressionante vontade de viver, evidenciada na luta que travou contra a grave doença que o acometeu por anos.

- Lembro-me que em diversas ocasiões Ramez Tebet saiu do hospital e veio direto para discursar na tribuna do Senado, visivelmente padecendo de muitas dificuldades. Por tudo isso, o Brasil chora a perda de um grande homem público - disse Renan.

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