O Senado desqualificou locadoras de veículos que participaram da licitação para o aluguel de carros para os senadores e o preço do serviço subiu 12,4%. As empresas foram desclassificadas sob a acusação de conluio. Uma das eliminadas tinha um servidor da Casa como sócio e, por isso, foi desclassificada.
A licitação para o aluguel dos carros aconteceu no dia 22 de julho. A oferta vencedora previa um gasto mensal por carro de R$ 1.770,00, o que provocaria gastos anuais ao Senado de R$ 1,7 milhão. Naquela ocasião, uma empresa já tinha sido desclassificada por não atender às capacidades financeiras do edital.
A locadora declarada vencedora na ocasião, após esta primeira desclassificação, tinha um servidor do Senado como sócio. Após esta descoberta, o Senado decidiu eliminá-la da concorrência. Outra empresa envolvida na disputa foi desqualificada por "conluio", segundo a ata divulgada pela comissão de licitação da Casa.
Com estas desclassificações, a LM Transportes, Serviços e Comércio Ltda foi anunciada ontem como nova vencedora da concorrência. A empresa ofereceu o preço unitário de R$ 1.990,00 valor 12,4% maior do que o proposto pelas concorrentes desclassificadas. Com isso, o custo anual para o Senado sobe para R$ 1,934 milhões. Foi aberto ontem, ainda, um prazo de 3 dias para que concorrentes interponham recursos, o que pode alterar mais uma vez o resultado final.
O valor inicial proposto pelo Senado no edital era de R$ 5,9 milhões. No edital, a Casa estava disposta a pagar até R$ 6,1 mil por mês pelo aluguel de cada carro, que deve ter potência mínima de 140 cavalos, motor 2.0, quatro portas, ar condicionado air bags, entre outras exigências. O carro oferecido pela LM é um Renault Fluence. A justificativa do Senado para alugar carros é que a manutenção tem um custo maior. Segundo o primeiro-secretário, Cícero Lucena, somente com uma oficina terceirizada que a Casa mantém os gastos são de R$ 360 mil mensais. Com o aluguel, esta responsabilidade passa a ser do fornecedor.
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