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Enquanto o pacote de medidas do segundo ajuste fiscal ainda está na Câmara, senadores de partidos da base e da oposição começaram a se reunir reservadamente em grupos para discutir saídas para as crises política e econômica do país. Os participantes dos encontros, semanais e fora do Senado, têm avaliado a conjuntura e, principalmente, discutido ações do governo da presidente Dilma Rousseff.

Na terça-feira, 3, ocorreu o maior encontro. Ao todo, 40 dos 81 senadores participaram de um jantar na casa do senador e empresário Raimundo de Lira (PMDB-PB). Estiveram presentes o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores tucanos Tasso Jereissati (CE) e Antonio Anastasia (MG).

Durante três horas, conforme relatos, senadores se revezaram ao discutir ações que possam ser tomadas pelo Legislativo. De modo geral, houve críticas sobre a falta de comando do governo em tomar a dianteira para sair da situação. O bate-papo foi sucedido por um jantar depois da meia-noite em que foi servido pato ao molho de laranja, risoto de camarão e filé Chateubriand e regado a água, suco, refrigerante, vinho e uísque.

Wagner praticamente só ouviu. Disse que chegou recentemente à Casa Civil e quer ouvir os senadores. Convidou grupos menores de senadores para irem ao Palácio do Planalto e até conversar com Dilma.

“Ficou bem claro em todos os momentos que o trabalho tem que ser feito de forma suprapartidária pensando o país”, disse o anfitrião Raimundo Lira. “É uma mobilização de pessoas que estão entre preocupadas e desesperadas”, disse Cristovam Buarque (PDT-DF).

Até o momento, ainda não se fechou uma pauta comum de iniciativas para ser levada adiante. Na semana passada, o encontro, menor, ocorreu na casa do senador Roberto Requião (PMDB-PR). Na próxima terça-feira, 10, será na casa de Eunício Oliveira (PMDB-CE).

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