BRASÍLIA, DF - O Senado iniciou nesta sexta-feira (27) o processo de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias de evasão fiscal envolvendo o HSBC na Suíça, no caso que ficou conhecido como “Swissleaks”.
Dentre as contas irregulares abertas no exterior, há contas de brasileiros que podem ter servido para sonegação de impostos, de acordo com o pedido de abertura da CPI, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP).
Após ter obtido 33 assinaturas para a abertura da comissão, seis a mais do que o mínimo exigido, o pedido de CPI foi lido nesta sexta em plenário.
Depois disso, os líderes partidários devem indicar seus membros para a comissão. Uma vez indicados, a presidência do Senado instala a CPI, que começa a funcionar.
O escândalo veio à tona após uma associação internacional de jornalistas divulgar documentos sobre contas secretas mantidas no país europeu pelo banco. As informações apontam que a companhia ajudou clientes a esconder bilhões de dólares em ativos, dentre eles de clientes brasileiros.
Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que irá investigar o caso. A Receita Federal também já anunciou que irá apurar operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça. Em nota, o fisco informou que teve acesso à parte da lista que foi vazada no Swissleaks e divulgada por meio de uma associação internacional de jornalistas.
Segundo o blog do jornalista Fernando Rodrigues, do Brasil são 6.606 contas bancárias (que atendem a 8.667 clientes) e um valor movimentado entre 2006 e 2007 equivalente a cerca de R$ 20 bilhões.
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