O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta terça-feira, que, caso a Câmara dos Deputados não vote até quarta-feira a proposta que reduz o recesso parlamentar e acaba com a remuneração extra dos congressistas nas convocações extraordinárias do Congresso, o Senado votará a matéria. Após reunião com líderes, ele classificou o pagamento em dobro de "um absurdo".
- Nós não vamos brigar pela primazia, pela paternidade da proposta. Se a Câmara não votar até amanhã, e eu espero que a Câmara vote, nós vamos começar a votar pelo Senado. É o acordo que fizemos, porque o importante é aproveitar essa convocação para votar as matérias de interesse do país, e votar sobretudo o encurtamento do recesso parlamentar e acabar com esse absurdo que é o pagamento em dobro. A sociedade quer isso e é exatamente isso que nós vamos fazer.
O presidente do Senado também listou as matérias que, de acordo com a decisão dos líderes, serão votadas nessa convocação. Além da proposta que reduz o recesso, serão votadas novas regras para renegociação das dívidas rurais; o projeto da licença-maternidade e da licença-paternidade nos casos de adoção; a reforma eleitoral proposta pelo Tribunal Superior Eleitoral; o projeto de marco regulatório do gás; mudanças no Código de Processo Civil; o projeto do Código Florestal; o projeto da Timemania, loteria que criará recursos para times de futebol quitarem suas dívidas com a União; e mudanças na fórmula de edição das medidas provisórias.
- Não adianta encurtar o recesso, proibir o pagamento em dobro na convocação, se você não atacar a causa disso, que é o excesso de medidas provisórias, que acabam sobretudo retirando a eficácia do processo legislativo e fazendo com que seja uma exigência trabalharmos durante o recesso.
Renan também disse que há consenso entre os líderes sobre a fixação do recesso em 60 dias.
- Seriam 30 dias em julho e mais 30 dias entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, sem pagamento em dobro da convocação. O fundamental é que tenhamos produtividade.
Alcolumbre no comando do Senado deve impor fatura mais alta para apoiar pautas de Lula
Sob Lula, número de moradores de rua que ganham mais de meio salário mínimo dispara
STF censura revista criada por Lacombe e Allan dos Santos; assista ao Entrelinhas
Entenda o que acontece com o mandato de Carla Zambelli após cassação no TRE
Deixe sua opinião