A Mesa Diretora do Senado recuou nesta quinta-feira (29) da permissão para que líderes partidários e integrantes da própria Mesa pudessem ter três funcionários "extras" em suas bases eleitorais. A decisão tinha sido tomada no mês passado.
"Nós revogamos aquela questão dos cargos nos gabinetes para os integrantes da Mesa e para os líderes já que não houve consenso entre os líderes", disse o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
A autorização se referia ao deslocamento de dois assessores técnicos e de um secretário parlamentar, com salários, respectivamente, de R$ 9,9 mil e de R$ 7,6 mil. Esses salários poderiam ser divididos para permitir novas contratações
Na prática, significa que os 23 favorecidos pela Mesa Diretora - 12 líderes e os 11 integrantes da Mesa, entre titulares e suplentes - poderiam contar, somados, nas campanhas para as eleições do ano que vem, com mais 69 auxiliares pagos com dinheiro público
Na ocasião da aprovação, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou a medida em plenário, atribuindo-a um desejo de "todos os líderes", mas foi contestado pelos líderes do DEM, PSDB e PT.
O Senado tem hoje mais de 10 mil servidores: 3.516 são terceirizados, 3.800 são comissionados, escolhidos pelos senadores, e 3.400 são efetivos
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