O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) afirmou nesta sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perdendo a autoridade. Na opinião de Antero, o fato de o presidente Lula ser desmentido por seus auxiliares demonstra que ele faz uso de demagogia.

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- Está ruindo a autoridade do presidente da República. Eu diria até que ela está se esfarelando. Ele insiste em trabalhar com a demagogia e vem sendo desmentido por seus auxiliares - observou.

Para exemplificar, o senador informou que Lula, fundamentado em dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), anunciou que o seu governo criou 1.350% empregos a mais do que os gerados na gestão de Fernando Henrique Cardoso. De acordo com as informações do Caged nas quais o presidente teria se baseado, Fernando Henrique teria criado cerca de oito mil empregos formais por mês, enquanto no governo Lula esse número chegaria a 108 mil novas ofertas de emprego ao mês.

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Usando o mesmo Caged, disse o senador, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, informou, em artigo no jornal Folha de S. Paulo, que o aumento da oferta de empregos no governo Lula foi 50% maior do que na gestão de Fernando Henrique.

- É a farsa do emprego. O secretário desmentiu os números apresentados pelo presidente Lula e o Caged não tem status de pesquisa nem permite comparações de longo prazo - disse Antero Paes de Barros.

Já pesquisa mensal sobre os índices de emprego, divulgada na quinta-feira (24), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - instituto que, segundo o parlamentar mato-grossense, utiliza metodologia reconhecida - informa que nas seis maiores regiões metropolitanas do país a taxa de desemprego permanece em 9,6% desde agosto.

O senador comentou também a posição contrária, manifestada publicamente, do ministro da Previdência Social, Nelson Machado, em relação à eliminação das filas nos postos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Em entrevista, o presidente Lula prometeu acabar com as filas até abril de 2006, como lembrou Antero, e o ministro, na mesma entrevista, afirmou que não há como eliminá-las, mas apenas acabar com aquelas desumanas e anormais.

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