O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), manifestou solidariedade à nação italiana em seus protestos contra a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder liberdade e asilo a Cesare Battisti.

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Em nota, Azeredo afirma ser esse "um dos mais graves equívocos cometidos em sua condução da política externa brasileira". "O asilo a Battisti, terrorista condenado à prisão perpétua por 36 crimes, incluindo quatro assassinatos, coloca em risco as relações excepcionais que o Brasil mantém com a Itália e a União Europeia", afirma o senador. "Ao mesmo tempo, atrai contra nosso País o desprezo das vítimas sobreviventes, que encabeçam protestos diante da embaixada brasileira em Roma", prevê.

Ele lembra que Battisti teve amplo direito de defesa e que, apesar de não estar presente, instituiu advogado, que acompanhou o processo até a Corte de Cassação Penal, o órgão máximo do Judiciário italiano, que decretou sua prisão perpétua. "Trata-se portanto, de desrespeito à Justiça de um país democrático, que possui instituições consolidadas, e à própria Justiça brasileira que considerou o réu criminoso comum", destaca.

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O presidente da CRE lembrou ainda que o presidente Lula manifestou diversas vezes apoio e respeito às decisões legais tomadas por regimes totalitários, como os do Irã e o de Cuba. "Seria muito mais lógico que defendesse as ações de um Estado de direito, com plenas garantias democráticas, como a Itália". Para o parlamentar, a liberdade de Cesare Battisti manchará a biografia do ex-presidente Lula.